O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio foi criado em 16 de setembro de 1987 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, quando 46 países assinaram o tratado internacional em que signatários prometeram substituir substâncias capazes de destruir essa proteção. Mas por que a camada de ozônio é importante e qual sua relação com a produção de alimentos?
A camada de ozônio é uma porção atmosférica situada entre a troposfera e a estratosfera, a cerca de 20 quilômetros da superfície da Terra. Com o uso frequente de clorofluorcarbonos, conhecidos como CFCs, a humanidade vinha destruindo a camada de ozônio, contribuindo para o aumento da radiação ultravioleta que chega à superfície terrestre. Os seres humanos não são os únicos atingidos por esses raios.
Todas as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas e níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. Entre as consequências mais críticas estão a diminuição da biodiversidade, migração e extinção de espécies; perda da produtividade; aumento do nível dos oceanos com a consequente perda de regiões costeiras; aquecimento das águas superficiais; alteração das correntes marítimas; perda da qualidade da água pela entrada de água marinha; eventos climáticos extremos; proliferação e surgimento de novas pestes (epidemias e pandemias).
O Programa Mundial de Alimentos (WFP), graças ao desenvolvimento da malha global de compra e distribuição de alimentos, há anos contribui significativamente para minimizar os impactos causados pela destruição da camada de ozônio. Ao promover as compras locais de alimentos oriundos da agricultura familiar, além de gerar trabalho e renda para agricultoras e agricultores locais e distribuir comida para populações em situação de insegurança alimentar e nutricional, o WFP reduz o fluxo logístico do transporte de alimentos ao estimular os circuitos curtos de produção.
Além disso, o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação e com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão, apoia agricultores familiares de algodão e instituições públicas de países africanos a vincular subprodutos de algodão (óleo de semente, farelo) e culturas consorciadas, como milho, sorgo e feijão. O projeto estimula e intermedia a formação de parcerias que assegurem o acesso a mercados estáveis e contribui para a formação de circuitos curtos de comercialização, além de promover um melhor uso da terra, da água, promover o incremento da biodiversidade local, reaproveitamento de resíduos, produzir alimentos e gerar trabalho e renda. Saiba mais sobre o projeto aqui.