No dia 23 de julho, a Anvisa aprovou uma consulta pública para a restrição das gorduras trans na indústria de alimentos. Inicialmente, o texto sugere diminuir os índices das gorduras trans para 2% nos produtos destinados ao consumidor final. Em um segundo momento, o uso de óleos e gorduras parcialmente hidrogenadas seria totalmente proibido no Brasil. Além disso, sugere-se também a confecção de guias práticos, apresentando substâncias que possam substituir a gordura trans, assim como a criação de novas normas de rotulagem.
O Centro de Excelência contra a Fome aprova as novas medidas e, junto à Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN) e ao Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), se posiciona a favor das mudanças na política de regulação da gordura trans industrial nos alimentos e da restrição do seu uso. Segundo Albaneide Peixinho, Coordenadora dos Projetos de Nutrição do Centro, evidências científicas comprovam que a gordura trans é extremamente prejudicial à saúde e a restrição dessas substâncias beneficiaria a qualidade dos alimentos na mesa dos brasileiros.
No ano passado, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou um plano abrangente que incentiva governos de todo o mundo que ainda não baniram o uso de gordura trans a eliminá-la da lista de ingrediente dos produtos até 2023, o que segundo a organização poderia salvar 10 milhões vidas.
A ASBRAN e o CFN realizarão uma série de oficinas para discutir a consulta pública, propondo uma mobilização presencial mais ampla, com o intuito de dar maior visibilidade ao tema e engajar o envio de contribuições qualificadas.
Confira o vídeo gravado por Albaneide Peixinho em apoio à restrição de gorduras trans: