Joelcio Carvalho, Oficial de Projetos do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, ministrou uma aula focada em como o projeto Além do Algodão está ajudando a acabar com a fome por meio do aumento da produção de algodão certificado e da capacitação de pequenos agricultores. A aula faz parte de uma série produzida pelo Sustainable Fashion Collective, um coletivo baseado em Londres que reúne designers, marcas e empreendedores dedicados a práticas éticas e responsáveis no mercado da moda.
A mais recente série de aulas, lançada no dia 1º de março, tem como tema “Práticas Regenerativas da Moda para Acabar com a Fome” e aborda o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 2, que visa erradicar a fome até 2030. Segundo o Sustainable Fashion Collective, com o passar dos anos, estilistas e empresas estão se tornando mais atentos à conexão entre as fontes globais de alimentos e a produção têxtil, e a agricultura regenerativa tem sido um tópico de discussão nos principais fóruns de moda.
Em sua apresentação, Joelcio Carvalho compartilhou um panorama do trabalho do WFP em todo o mundo e do trabalho realizado pelo Centro de Excelência em Brasília. Em seguida, apresentou o Além do Algodão, um projeto de cooperação trilateral Sul-Sul criado pelo Centro de Excelência do WFP no Brasil, o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O principal objetivo do projeto é aumentar a produção, a renda local e a segurança alimentar e nutricional de pequenos agricultores em Moçambique, Benin, Tanzânia e Quênia.
“Pretendemos desenvolver o setor algodoeiro com base nos melhores casos e experiências encontradas no Brasil, apoiando e capacitando os países participantes e também utilizando o algodão como ferramenta fundamental para apoiar a segurança alimentar e o desenvolvimento local”, explicou Joelcio Carvalho. Ele também destacou que o algodão e a produção de alimentos estão intrinsecamente ligados, mas muitos agricultores não cultivam algodão porque não têm as mesmas condições de comercialização. “É vital que aumentemos o diálogo sobre como a indústria da moda pode tomar decisões informadas que nos ajudarão a acabar com a fome”, disse ele.