No mês em que se celebra o Dia da ONU (24 de outubro), foi selecionada como funcionária do mês uma das colegas com menos tempo de casa, a Millena Damásio, assistente da direção do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) que contou a sua história e a conquista recente do sonho de trabalhar para as Nações Unidas. Millena está trabalhando no Centro desde abril do ano passado e se diz realizada com o trabalho que desempenha em busca de um mundo melhor. “Eu sempre quis trabalhar para as Nações Unidas pela história da Organização, o motivo pelo qual foi criada, a sua trajetória, o trabalho humanitário desenvolvido por suas agências, e pelo propósito de fazer a diferença no mundo, de poder proporcionar uma vida melhor para as pessoas sem distinção, e de buscar o melhor para todos. Juntar todos em um propósito comum, para o bem comum”, conta.
Millena é bacharel e licenciada em Ciências Sociais, mas desde seu primeiro estágio já entrou em contato com a área internacional. Começou sua carreira como estagiária dos escritórios brasileiros de turismo para a França, Estados Unidos e Reino Unido, responsáveis por promover a imagem turística do Brasil no exterior. Depois de se formar, trabalhou para o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Depois foi convidada para ser assistente da secretária-executiva do Ministério da Cultura na época e foi assim que começou a ganhar experiência em assessoria a altos executivos. Antes de chegar ao Centro de Excelência, passou também pela assessoria internacional do Tribunal Superior Eleitoral.
O Centro de Excelência foi o primeiro organismo internacional para o qual Millena trabalhou. “Eu sempre quis trabalhar para a ONU, pois acredito no trabalho desenvolvido pelas Nações Unidas nos mais variados campos. Além disso, os ODS me encantam. Trabalhar com um propósito, ajudar os países a atingirem as metas e objetivos da Agenda 2030 para alcançarmos um mundo melhor para todos são coisas que fazem meus olhos brilharem”, conta ela.
Millena dá um conselho para aqueles que desejam se juntar ao time: “Muitas pessoas com quem eu converso me passam o sentimento de que trabalhar nas Nações Unidas é algo muito distante, quase impossível, parece algo para pessoas extraordinárias, algo inatingível, mas depois percebemos que todos nós podemos, podemos fazer parte, podemos contribuir. Além disso, também é possível ajudar a ONU a construir um mundo melhor sem estar trabalhando diretamente nas Nações Unidas. Aqui eu aprendi que existem várias formas de colaborar com os trabalhos desenvolvidos pela Organização”. Um exemplo disso, é ser um voluntário online da ONU, por meio da plataforma online volunteering.
Segundo ela, o que tem sido mais interessante em trabalhar para o Centro de Excelência é descobrir novas habilidades profissionais. “Ao longo desse um ano e meio, vários desafios apareceram, senti que meus chefes confiam em mim para lidar com esses desafios e com isso comecei a conhecer habilidades que eu tinha e não sabia. Por exemplo, foi desafiador escrever discursos para grandes eventos com a frequência e as temáticas envolvidas, porque eu tive que transmitir os conhecimentos técnicos que os colegas me passavam, mas ao mesmo tempo desenvolver um discurso com emoção, que tocasse as pessoas. E acho que consegui aprender isso aqui”.
Ser desafiada e descobrir novas habilidades é sempre muito motivador, mas além disso, Millena diz se sentir ainda mais realizada porque sabe que faz parte de uma equipe que “entrega um trabalho muito importante lá na ponta. Toda vez que escrevo um discurso para um evento, ou faço uma apresentação, e vou pesquisar os dados do que a gente conseguiu realizar, me sinto muito feliz de fazer parte dessa equipe que está mudando a vida de crianças em países muito pobres. É muito gratificante quando você percebe que auxiliou um desses países a implantar uma política de alimentação escolar que está beneficiando milhares de crianças e que por isso elas vão ter um desenvolvimento melhor. Por mais que eu esteja sentada no escritório na frente do meu computador todos os dias e que o trabalho que eu estou fazendo é um trabalho de formiguinha, sei que ele tem um impacto grande na vida de pessoas que realmente precisam”.
“Em uma palavra, eu me sinto completa em trabalhar para o Centro. Eu consigo ver o resultado do meu trabalho, eu consigo me sentir desafiada de várias maneiras e consigo sentir que sou instigada e apoiada para superar esses desafios. Além disso, somos incentivados a ter um balanço entre a vida profissional e pessoal e isso faz muita diferença no trabalho que a gente desenvolve. Conseguimos assim entregar um trabalho cada vez melhor”, finaliza.