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Implementação de soluções sustentáveis na agricultura para melhoria de sistemas alimentares e expansão da parceria foram os temas de reunião no dia 19 de fevereiro realizada com a presença da engenheira ambiental e gerente de agricultura sustentável do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, Aline Leão, e de representantes da equipe do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, composta pelo diretor Daniel Balaban, a nutricionista e oficial de Projetos Eliene Sousa, e a oficial de comunicação Daniela Costa.
O Pacto Global foi lançado em 2000, pela ONU, para coordenar as empresas de modo conjunto rumo a um progresso sustentável. Cerca de 1.900 empresas participam do Pacto Global – Rede Brasil, com mais de 50 projetos nos temas água e saneamento, alimentos e agricultura, energia e clima, direitos humanos e trabalho, anticorrupção, engajamento e comunicação.
Na parte de sustentabilidade na agricultura, a ideia é dialogar com empresas, convencer produtores a novas práticas, oferecer capacitações que aliem tecnologia rural aos componentes ambiental e social, além de criar pactos que integrem modos de produção. “No Brasil, o Pacto Global tem a o segunda maior rede do mundo, com envolvimento e um compromisso cada vez maior pela sustentabilidade”, afirmou Aline.
Para Daniel Balaban, quanto mais rápido as empresas se adequarem às soluções sustentáveis, maior será o ganho para todos: “As novas gerações exigem soluções eficazes para os desafios que existem hoje. A agricultura precisa se adaptar ao novo e precisa também mostrar o que já vem fazendo certo”.
Ele enfatizou que o Centro de Excelência ajuda países a criar soluções sustentáveis de sistemas alimentares. Projetos como o da agricultura regenerativa para alimentação escolar com a Fundação Rockefeller, e de incentivo a culturas consorciadas, como o Projeto Além do Algodão, mostram que existem experiências concretas que podem ser compartilhadas.
Sobre o Projeto Além do Algodão, Eliene Sousa lembrou que existem empresas que já estão fazendo busca ativa por produtos agrícolas com modelos de produção sustentáveis. “Existe o desafio de como fazer o pequeno agricultor fornecer para a grande indústria, mas sabemos que essas indústrias começam a se interessar por produtos da agroecologia, por exemplo. É uma oportunidade para os jovens produtores agrícolas mudarem modelos de produção”, disse.
Outra ideia é o fortalecimento de cooperativas de pequenos produtores para que forneçam em quantidade para vendas internacionais, outra iniciativa que o Centro de Excelência vem desenvolvendo na sua Unidade de Projetos.