Para discutir os marcos da atuação do Programa Mundial de Alimentos na área de alimentação escolar, 70 representantes de escritórios de país e escritórios regionais se reuniram em Dacar para participar da Reunião Estratégica de Alimentação Escolar. Nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro, os participantes debateram como as políticas de alimentação escolar do WFP se refletem nas experiências, prioridades, desafios e boas práticas dos escritórios de país e regionais e apontaram possíveis caminhos para o futuro.
O Centro de Excelência abriu o evento e apresentou destaques de suas parcerias com governos nacionais, de processos de diálogo de políticas públicas e do Fórum Global de Nutrição Infantil. Os participantes compartilharam um panorama das iniciativas de alimentação escolar em suas respectivas regiões, com foco nos desafios, nas lições aprendidas, em abordagens inovadoras e nos próximos passos.
Contexto
Governos nacionais de diferentes regiões têm demonstrado interesse crescente em iniciativas de alimentação escolar vinculada à agricultura local, especialmente por causa dos impactos transversais desses programas e das potenciais sinergias com outras iniciativas nacionais de proteção social. Um exemplo desse interesse crescente é a decisão da União Africana de adotar a alimentação escolar como uma estratégia continental de promoção do desenvolvimento sustentável.
Como parte da implementação da Estratégia Continental de Educação para a África (CESA), a União Africana indicou a criação de um grupo de trabalho de alimentação escolar para monitorar as recomendações do estudo “Alimentação escolar sustentável na União Africana”. Esse estudo, realizado pelo Centro de Excelência e o escritório do WFP para a África, fornece um panorama dos benefícios, desafios e lições aprendidas de iniciativas de alimentação escolar no continente africano.
WFP
O WFP vem renovando sua atenção à alimentação escolar vinculada à agricultura local, com foco em abordagens de fortalecimento de capacidades e coordenação intersetorial. É um momento crítico para a instituição capitalizar as lições aprendidas e as boas práticas de diferentes regiões para posicionar-se de modo a apoiar programas nacionais de alimentação escolar.
“Uma grande lição que aprendi durante os últimos sete anos trabalhando para apoiar governos na criação de programas sustentáveis de alimentação escolar é que nós precisamos ouvir mais os líderes de governos”, afirmou Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome. “Líderes de governos conhecem as melhores soluções. Só precisamos facilitar e apoiá-los no processo. Ouvir mais, este é o segredo”.
Durante o evento, os participantes se envolveram em painéis de discussão sobre temas transversais, com base nas lições aprendidas em cada país. Discussões facilitadas sobre áreas temáticas específicas aconteceram para ajudar a aprimorar o desenho e a qualidade dos programas e para explorar mais o potencial dos programas de alimentação escolar.
A reunião foi encerrada com uma sessão de trabalho em que os participantes foram divididos em grupos para discutir tópicos específicos e propor recomendações concretas para os próximos passos.