O Programa Mundial de Alimentos (WFP), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentaram um novo relatório especial conjunto, intitulado Para uma segurança alimentar e nutricional sustentável na América Latina e no Caribe, em resposta à crise alimentar mundial. O objetivo do relatório é fortalecer a produção agrícola e os sistemas de proteção social e estender seu alcance na área rural para responder ao desafio de combater a insegurança alimentar, o aumento da pobreza extrema e apoiar a produção de alimentos na região.
O documento, disponível em espanhol e inglês, foi divulgado em Santiago do Chile numa conferência de imprensa com a participação de Lola Castro, Diretora Regional do WFP para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, Representante Regional da FAO para a América Latina e o Caribe, e José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL.
O relatório analisa o contexto internacional e a maneira como as crises sucessivas, junto com a guerra na Ucrânia, estão afetando o acesso da América Latina e do Caribe aos alimentos e a insumos importantes para a agricultura regional. De acordo com o estudo, o número de pessoas com fome na região aumentou de 13,2 milhões, para 56,5 milhões.
Lola Castro, Diretora Regional do WFP para a América Latina e o Caribe, destacou a importância dos sistemas de proteção social, como a alimentação escolar, nesse cenário de aumento da insegurança alimentar e nutricional fomentado por diferentes crises globais. “Como Programa Mundial de Alimentos, estamos acompanhando os governos nacionais para identificar e atender a estas necessidades adicionais, por meio do uso e expansão da proteção social de maneira sustentável, além de um contínuo fortalecimento da preparação dos sistemas, para não deixar ninguém para trás”, indicou Lola.
Além disso, o estudo indica que é preciso reforçar o papel ativo que tais sistemas de proteção social desempenharam durante a fase mais crítica da pandemia para evitar que os segmentos mais vulneráveis da população, como crianças e idosos, sejam irreversivelmente afetados pelo aumento dos preços dos alimentos.