A União Africana lançou o estudo “Alimentação escolar sustentável na União Africana”, durante a celebração do Dia Africano de Alimentação Escolar em Harare, Zimbábue, em 1º de março. O estudo mostra que a alimentação escolar vinculada à agricultura local tem múltiplos benefícios para o desenvolvimento comunitário, proteção social e criação de empregos, além de desempenhar um papel crucial no alcance do ODS2 – Fome Zero. O documento também propõe sete recomendações práticas para que os países da União Africana aprimorem e ampliem a escala das iniciativas de alimentação escolar.
Os ministros da Educação africanos já haviam endossado o relatório e os achados do estudo em outubro. Os resultados do estudo foram apresentados durante a Segunda Sessão Ordinária da Reunião de Ministros da Educação, Ciência e Tecnologia da África, realizada no Cairo, Egito. Antes disso, o estudo já havia sido validado em maio de 2017 por 90 representantes de 25 países africanos.
O Centro de Excelência contra a Fome, em colaboração com o Escritório do PMA para a África, realizou o estudo, após o Departamento da Recursos Humanos, Ciência e Tecnologia da Comissão da União Africana ter realizado uma visita de estudos ao Brasil para conhecer a experiência brasileira de alimentação escolar vinculada à agricultura local. O interesse da União Africana na ocasião era conhecer a alimentação escolar como forma de promoção do acesso, retenção e qualidade da educação. Como resultado dessa visita ao Brasil, a Cúpula da União Africana de janeiro de 2016 decidiu realizar o estudo sobre alimentação escolar e estabeleceu o Dia Africano da Alimentação Escolar.
As sete recomendações do estudo da União Africana são:
1. Vincular os programas de alimentação escolar a agendas internacionais, continentais e nacionais de desenvolvimento.
2. Desenhar e implementar programas de alimentação escolar de modo a atingir objetivos inter-setoriais de políticas públicas.
3. Investir em e empoderar respostas multi-setoriais e mecanismos de coordenação.
4. Se comprometer com estratégias de compras que promovam o desenvolvimento e o fortalecimento de capacidades locais de produção.
5. Inovar os arranjos financeiros por meio da diversificação das fontes de financiamento ou da adoção de mecanismos de co-financiamento.
6. Dedicar recursos para a construção de bons sistemas de monitoramento e avaliação e processos de retorno automatizados para aprimorar as políticas.
7. Aprofundar e aprender com a cooperação Sul-Sul e pan-africana para otimizar os impactos das políticas públicas.
O estudo foi coordenado pelo Centro de Excelência em parceria com o escritório do WFP para a África e foi realizado pelo Economic Policy Research Institute (EPRI), um centro de pesquisas sediado na Cidade do Cabo, África do Sul.
Faça o download do Estudo da União Africana:
Inglês:
Estudo completo: SUSTAINABLE SCHOOL FEEDING_ENGLISH
Resumo: SUSTAINABLE SCHOOL FEEDING_SUMMARY
Francês:
Estudo completo: SUSTAINABLE SCHOOL FEEDING[FRENCH]_FINAL