O dia 7 de abril é marcado pelo Dia Mundial da Saúde, data que coincide com a criação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Em 2025, o tema escolhido para a campanha é “Inícios saudáveis, futuros esperançosos”, com foco em reduzir a mortalidade materna e neonatal. Nesta data, o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) reforça que uma vida mais saudável começa pela alimentação.
Amamentar por, no mínimo, 6 meses e manter uma alimentação saudável são algumas das ações que ajudam a manter a saúde e a longevidade, tanto das mães quanto dos bebês. Garantir que o bebê receba os nutrientes certos nos primeiros mil dias de vida é vital para o desenvolvimento do cérebro e o crescimento físico adequado. Apesar disso, em muitos países em desenvolvimento, a pobreza, a má nutrição e uma dieta pobre em nutrientes muitas vezes leva a doenças, problemas no desenvolvimento e até mesmo mortalidade infantil.
De acordo com dados da OPAS, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os 5 anos, evita diarreia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade na vida adulta, além de proteger a mãe contra alguns tipos de câncer e ajudar na recuperação pós-parto.
Programas de alimentação escolar como políticas de promoção de saúde
Uma das estratégias mais eficazes para garantir saúde e nutrição adequadas desde os primeiros anos de vida são os programas de alimentação escolar. Essas iniciativas oferecem refeições equilibradas e nutricionalmente adequadas a milhões de estudantes em todo o mundo, com impactos positivos no desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças e adolescentes.
No caso brasileiro, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) alimenta cerca de 40 milhões de crianças todos os dias com cardápios elaborados por nutricionistas e feitos por merendeiras qualificadas.
O Centro de Excelência do WFP atua há mais de uma década apoiando governos na formulação e implementação de políticas públicas de alimentação escolar, com foco na produção local, inclusão de alimentos frescos e educação alimentar e nutricional.
A experiência brasileira com o PNAE tem servido de referência para países da África, Ásia e América Latina. Ao promover refeições saudáveis nas escolas, os programas também ajudam a prevenir doenças relacionadas à má alimentação e reduzem desigualdades no acesso à saúde e à educação.
Saúde para todos
Para além de mães e crianças, uma alimentação saudável combinada com exercícios físicos regulares traz benefícios para todos, independente de gênero ou idade. A recomendação é dar preferência para alimentos frescos e minimamente processados, além de consumir frutas, legumes e verduras em grande quantidade todos os dias e beber bastante água. O ideal é evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e reduzir o consumo de açúcar e sal nas refeições.
As doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, problemas cardíacos, câncer e doenças respiratórias, continuam entre sete das dez principais causas de morte no mundo, de acordo com a OPAS. Medidas preventivas, como atividade física regular e uma alimentação equilibrada são a chave para uma vida mais saudável e plena.