Todos os anos, no dia 14 de novembro, é realizado o Dia Mundial do Diabetes, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a doença, que muitas vezes é silenciosa, mas tem graves consequências. Este ano, o tema da data é “Educação para proteger o amanhã”, relembrando a importância de melhorar o acesso à educação e informação de qualidade para profissionais de saúde e pacientes na prevenção da doença e de suas complicações.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 422 milhões de pessoas vivem com a doença atualmente, o equivalente a 10% da população adulta no mundo. Apenas em 2009, foram confirmadas 2 milhões de mortes devido ao diabetes. O diabetes é uma enfermidade causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio que promove a absorção da glicose para que seja utilizada como energia para o corpo.
Existem dois tipos de diabetes: o diabetes tipo 1, caracterizado pela produção insuficiente de insulina devido a fatores genéticos; e o diabetes tipo 2, ligado ao uso ineficaz da insulina pelo corpo que pode ser adquirida ao longo da vida. O diabetes tipo 2 tem grande associação com o aumento do peso, má alimentação e sedentarismo, além de outros fatores. O número de pessoas vivendo com diabetes no mundo tem aumentado na mesma escalada do crescimento desses fatores de risco, conforme aponta os dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).
Apenas na região das Américas, estima-se que, em 2040, o número de pessoas vivendo com diabetes seja de 109 milhões, sendo que 40% delas sequer saberão que têm a doença. O crescimento da obesidade em crianças e adolescentes também é preocupante, pois aumenta as chances de desenvolver a doença na vida adulta.
Contribuições do Centro de Excelência
O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, diante do desafio de barrar o aumento do diabetes e da obesidade atua, através do projeto Nutrir o Futuro, em parceria entre os Ministérios da Saúde do Brasil, Colômbia e Peru, a Agência Brasileira de Cooperação, para enfrentar a múltipla carga da má nutrição em crianças e adolescentes em idade escolar.
Para a prevenção e atenção à obesidade, é fundamental a adoção de políticas intersetoriais e medidas para reverter ambientes promotores da obesidade. Por isso, o Centro vem trabalhando para o fortalecimento de capacidades nesses países, por meio da elaboração de materiais de apoio e troca de experiências, como o Policy Brief – Obesidade Infantil. O documento reúne experiências do Brasil, da Colômbia e do Peru na atenção à obesidade, como parte dos resultados do Nutrir o Futuro.