A Oficina de Exploração de Cenários Futuros, realizada dias 17 e 18 de setembro em Belém (PA), reuniu especialistas para discutir os sistemas alimentares da região amazônica.
O workshop reuniu 40 representantes da sociedade civil, academia, governo e setor privado dos oito países que compõem a região amazônica, juntamente com representantes técnicos dos escritórios nacionais do WFP.
Durante os dois dias, os participantes realizaram dinâmicas de grupos utilizando a metodologia de pensamento sistêmico para desenhar perspectivas de cenários futuros (future literacy) para os sistemas alimentares amazônicos. As discussões permitiram estabelecer conexões entre setores e entre países e construir uma visão, considerando como horizonte o ano de 2050, com ações de implementação possível para os sistemas alimentares da região amazônica.
A atividade inicial do workshop foi uma visita ao mercado Ver-O-Peso, feira tradicional onde produtores locais vendem produtos frescos e típicos da região. Cada um dos participantes recebeu perguntas guia que iriam nortear os debates sobre cenários futuros para os sistemas alimentares da região amazônica. “Foi muito instigante perceber o ecossistema do mercado a partir das lentes dos sistemas alimentares e refletir sobre cenários futuros que podemos construir”, afirmou a Oficial de Programas do WFP no Brasil, Maria Giulia Senesi, que participou da Oficina.
Durante as discussões ao longo do evento, foram identificadas as incertezas mais críticas na região, como os níveis de igualdade, economia e infraestrutura, questões climáticas, estabilidade política e governança, integração das comunidades locais, tendências regionais que impactam cenários futuros, entre outros aspectos.
Ao final do workshop, foi estabelecida uma matriz de possibilidades com cenários possíveis para o futuro. Em breve será elaborada uma publicação que será disponibilizada a todas as representações participantes.
“O workshop foi uma excelente oportunidade para o WFP e o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil dialogarem com diferentes representações e conhecerem os principais desafios e oportunidades para os povos e comunidades tradicionais na região amazônica”, afirmou Nayla Almeida, Assistente Técnica em Desenvolvimento Rural do WFP no Brasil, que também esteve no evento.