Ao longo da última semana, entre 12 e 16 de junho ocorreram as atividades de treinamento em gestão de perdas pós-colheita para produtores em Moçambique. O objetivo do treinamento foi melhorar os conhecimentos e competências dos produtores beneficiários do projeto na gestão de perdas pós-colheita e também demonstrar boas práticas no processo de colheita, transporte, secagem e debulha da sua produção.
No total, foram treinados 250 produtores nas províncias de Tete e Manica, sendo 50 agricultores no distrito de Magoe (38 mulheres), 42 de Cahora-Bassa (18 mulheres), 46 de Barue (21 mulheres), 41 de Guro (24 mulheres) e 36 de Moatize (4 mulheres). Milho branco, feijão e sorgo, foram os grãos utilizados durante o treinamento.
O trabalho foi desenvolvido pela coordenadora do projeto Além do Algodão no país, Marisete Araújo, pela engenheira agrônoma Elvira Rendição, pela equipe técnica do Programa Mundial de Alimentos (WFP) em Moçambique, e contou com o apoio de técnicos do Instituto Politécnico de Manica (ISPM).
As técnicas para redução de perdas pós-colheita são fundamentais para diminuir o desperdício de alimentos e manutenção das propriedades e qualidade dos alimentos. O processo consiste na remoção de impurezas e na verificação da umidade dos grãos e armazenamento. O armazenamento é feito em sacos herméticos, material que reduz a entrada de ar e outras substâncias que podem prejudicar a conservação dos grãos.
O treinamento também é uma atividade importante para o trabalho e nutrição dos produtores. A coordenadora do projeto em Moçambique, Marisete Araújo, destaca que essa técnica possibilita o plantio dos grãos colhidos em outro momento agrícola oportuno, devido a retenção do poder germinativo das culturas, quando o armazenamento é feito de forma adequada.
“Deste modo, os grãos poderão ser comercializados em época de escassez, contribuindo assim com a renda dos produtores e, além disso, o uso dos sacos herméticos poderão estocar os alimentos por mais tempo, favorecendo assim a segurança alimentar e nutricional.”, afirma Marisete.
Agricultores e agricultoras que participaram da ação disseram estar felizes por terem sido apresentados às embalagens e por terem recebidos três sacos herméticos por produtor para replicação. Ao final da atividade, os agricultores serviram refeições com grãos colhidos dos campos de demonstração de resultado, como a xima, um prato moçambicano à base de farinha de milho branco.
O projeto Além do Algodão é uma parceria entre Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e é financiado pelo Instituto Brasileiro do Algodão. Saiba mais.