Uma visita virtual com representantes do governo da Jordânia foi realizada pelo Centro de Excelência contra a Fome (WFP) no Brasil no dia 14 de maio com objetivo de facilitar o intercâmbio de conhecimento bilateral sobre programas de alimentação escolar.
Durante a visita, foram apresentados os programas de alimentação escolar de ambos os países e explorados os aspectos-chave do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro, que podem contribuir para a melhoria do Programa Nacional de Alimentação Escolar (NSFP) da Jordânia e aumentar a participação do país no esforço global contra a fome e a pobreza, em iniciativas como a Coalizão da Alimentação Escolar e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Atualmente, o WFP na Jordânia financia 72% do NSFP, enquanto o governo local cobre os 28% restantes. O programa fornece refeições a estudantes em comunidades vulneráveis e campos de refugiados em toda a Jordânia, sendo a única rede de proteção nacional totalmente inclusiva para refugiados.
Durante a abertura do evento, o diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, Daniel Balaban, elogiou o modelo de alimentação escolar da Jordânia e sua nova etapa de expansão. “A alimentação escolar é a garantia da segurança alimentar e nutricional das crianças, e isso deve ser a prioridade em todos os países”, afirmou.
Modelo brasileiro
O governo brasileiro iniciou sua fala apresentando a modalidade de cooperação Sul-Sul Trilateral, e iniciativas de promoção da alimentação escolar com forte participação do Brasil, como a Coalizão da Alimentação Escolar e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Para Paola Barbieri, analista de Projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a participação e a liderança do Brasil nesses espaços revelam a importância que o Governo dá para a alimentação escolar. “O Brasil está cada vez mais investido em promover a alimentação escolar no cenário internacional”, disse.
Outros temas abordados foram a governança multissetorial do PNAE, financiamento, e monitoramento e avaliação. Ao apresentar o funcionamento do programa de alimentação escolar brasileiro, a coordenadora geral do PNAE no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Karine Santos, defendeu o caráter universal da alimentação escolar.
“Ao longo dos anos, o governo brasileiro foi entendendo que alimentação escolar é um direito humano, e não uma política assistencialista. Todas as crianças têm direito à alimentação escolar, não apenas as crianças em situação de vulnerabilidade social”, afirmou.
A coordenadora abordou também a conexão entre nutrição e agricultura, com foco na educação alimentar e nutricional nas escolas e no apoio à agricultura familiar. Karine encerrou sua fala convidando os representantes do Governo da Jordânia a estarem presentes na Cúpula da Coalizão da Alimentação Escolar, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de setembro, em Fortaleza (CE).
Participantes
Entre os participantes da Jordânia, estavam representantes do governo, como o Diretor da Administração de Educação, Ahmad Masafeh, e do WFP no país, como Khaled Ayoub, Gerente de Atividades de Alimentação Escolar e Ananda Paez, Líder da Equipe de Alimentação Escolar.
Do lado brasileiro, o evento contou com a presença de Karine Santos, Coordenadora do PNAE e Paola Barbieri, Analista de Projetos da ABC, além de especialistas do FNDE e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). O Diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, Daniel Balaban e as Oficiais de Programas Nayla Almeida e Letícia do Valle também estiveram presentes.
Uma segunda visita virtual está prevista para 28 de maio e contará com especialistas em uma sessão técnica e interativa para esclarecimento de dúvidas.