
A Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada na primeira semana de agosto, reforça a importância da amamentação para a saúde e o desenvolvimento infantil. No Brasil, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) criou uma nota técnica que determina que creches públicas devem ser adaptadas para garantir o direito das mães amamentarem seus bebês.
A Nota Técnica nº 3049124, de 2022, estabelece diretrizes para assegurar que crianças de até 36 meses matriculadas em creches públicas possam continuar recebendo leite materno, mesmo fora do ambiente familiar.
Para isso, as creches devem oferecer estrutura adequada para recepção, armazenamento e oferta segura do leite materno, além de incentivar a criação de salas de apoio à amamentação.
“A nota técnica do FNDE é uma iniciativa que contribui para a promoção da equidade, da saúde infantil e do direito à alimentação adequada desde os primeiros dias de vida”, afirma nutricionista Seneide Neres, do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil.
Alimento completo
Durante a primeiríssima infância, que corresponde aos primeiros mil dias de vida, o leite materno é considerado o alimento mais completo. Ele fornece todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável, fortalece o sistema imunológico e protege contra diversas doenças. Além disso, o ato de amamentar promove o vínculo afetivo entre mãe e bebê, contribuindo para o bem-estar emocional da criança.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e sua continuidade, junto com outros alimentos, até pelo menos os dois anos. Investir na amamentação garante que cada criança tenha um começo de vida saudável e protegido para seu desenvolvimento pleno.