De 9 a 16 de novembro de 2024, o Projeto “Sementes para o Amanhã” realizou uma série de oficinas na República do Congo (RdC). A iniciativa teve como objetivo ligar os pequenos agricultores aos mercados locais, encorajar as escolas a comprar alimentos produzidos localmente e melhorar o bem-estar nutricional da população, particularmente das crianças em idade escolar.
Estes workshops de um dia aconteceram nos departamentos de Pool, Plateaux e Bouenza, com a participação de representantes de escolas, grupos de agricultores e autoridades locais e nacionais.
Financiado pelo Fundo IBSA (Índia, Brasil e África do Sul), o projeto é uma colaboração entre o governo da República do Congo, o governo do Brasil, o Programa Mundial de Alimentos na República do Congo (WFP RoC) e o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil (WFP BR).
As oficinas focaram na promoção de parcerias sustentáveis entre escolas e grupos de agricultores, garantindo um fornecimento constante de alimentos frescos e produzidos localmente para as cantinas escolares durante todo o ano letivo.
“Os workshops realizados nestes três departamentos foram cruciais para as partes interessadas discutirem as oportunidades e os desafios da compra de alimentos produzidos localmente e do seu fornecimento às escolas. Também proporcionaram uma plataforma para que as partes interessadas chegassem a acordo sobre os próximos passos relativamente à forma como as escolas irão assegurar a compra e o fornecimento de produtos locais às 10 escolas envolvidas no projeto”, afirmou Nadia Goodman, a coordenadora do projeto.
Um dos principais objectivos dos workshops foi o desenvolvimento de planos de refeições que incorporassem produtos sazonais cultivados localmente. Os participantes criaram um calendário de colheitas e determinaram as quantidades de cada alimento necessárias para formar um menu escolar ideal.
A metodologia do workshop foi interativa e participativa, com actividades práticas que aprofundaram a compreensão dos participantes sobre os benefícios das parcerias entre escolas e agricultores. As actividades foram estruturadas em três sessões: primeiro, as escolas conceberam seus menus, enquanto as organizações de agricultores registaram os seus calendários de produção para o ano letivo. Em seguida, ambos os grupos apresentaram os seus resultados, identificando sobreposições e lacunas entre as necessidades das escolas e a produção local dos agricultores.
Além disso, o grupo discutiu desafios como as condições de entrega, os prazos e os mecanismos de fixação de preços a adotar entre os agricultores e as escolas. Este processo culminou com a criação colaborativa de menus que integravam produtos locais e sazonais, promovendo uma abordagem autossustentável e colaborativa à alimentação escolar caseira.