Na quarta-feira, 9 de dezembro, representantes do governo Brasileiro e do Centro de Excelência contra a Fome do WFP participaram virtualmente de um workshop organizado pelo escritório do WFP no Chade e pelo Centro de Excelência contra a Fome e Má-Nutrição (CERFAM) da Costa do Marfim para apresentar ao governo do Chade boas práticas em alimentação escolar com compras locais. O workshop, que aconteceu nos dias 9 e 10 de dezembro, teve como objetivos apresentar um panorama da alimentação escolar com compras locais ao país, discutir as melhores práticas na conexão entre alimentação escolar e agricultura e criar um plano para compras locais no programa de alimentação escolar no Chade para os próximos cinco anos.
Daniel Balaban, Diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, abriu o painel sobre perspectivas mundiais e regionais sobre alimentação escolar com compras locais. Em sua apresentação, ele falou sobre a importância de redes de proteção social e iniciativas de alimentação escolar de longo prazo. “O WFP no Brasil tem acompanhado de perto o processo de crescimento da importância da alimentação escolar, particularmente na África, e somos muito gratos por ter apoiado o desenvolvimento desses programas em diversos países, como Benim, Quênia, Gâmbia, Costa do Marfim, Moçambique e Burundi”, disse Daniel Balaban.
Ele também ressaltou que a pandemia da Covid-19 impôs desafios sem precedentes aos países, o que reforçou a importância de metodologias de trabalho remoto, como a metodologia Intercâmbios Virtuais, utilizada pelo Centro de Excelência do Brasil. Daniel Balaban também ressaltou a importância da parceria com o Governo Brasileiro. Em seguida, Bruno Costa e Silva, chefe de divisão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), apresentou o programa brasileiro, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Bruno apresentou um panorama da alimentação escolar no país, dando destaque às compras da agricultura familiar do programa brasileiro e aos benefícios trazidos por essa prática – particularmente para comunidades vulneráveis, povos indígenas e quilombolas. Ele ressaltou também os ajustes institucionais e operacionais necessários para entregar a alimentação escolar durante a pandemia da COVID-19. Especialista em gestão de programas e projetos, Bruno explicou que, com a chegada da pandemia, a lei nacional de alimentação escolar foi alterada para permitir a flexibilização da distribuição dos alimentos para as famílias mesmo com as escolas fechadas. O PNAE está presente em todos os estados da federação e atende mais de 40 milhões de alunos matriculados em mais de 150.000 escolas públicas.
O evento do Chade também teve participação de Paola Barbieri, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Além da intervenção de boas-vindas, a ABC forneceu os serviços de tradução português/francês. Também participaram do workshop como convidados representantes de outras organizações internacionais, como UNICEF, UNESCO e UNFPA, além do Global Child Nutrition Foundation (GCNF).