Nutricionistas brasileiras estarão no São Tomé e Príncipe para promover um treinamento em nutrição para alimentação escolar, entre os dias 29 de setembro e 7 de outubro. O treinamento pretende qualificar 15 profissionais do Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (PNASE), ampliando sua capacidade de planejar cardápios, acompanhar indicadores nutricionais e integrar a produção local de alimentos às refeições escolares.
O treinamento foi organizado pelo Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
A ação responde a uma demanda identificada durante a visita da delegação são-tomense ao Brasil, em 2024, quando autoridades do setor educacional conheceram de perto o funcionamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), referência internacional gerida pelo governo brasileiro.
Ao longo de duas semanas de atividades presenciais em 2025, nutricionistas brasileiros e especialistas do WFP vão conduzir aulas teóricas, oficinas práticas e visitas técnicas a escolas e propriedades de agricultores familiares. O objetivo é oferecer ferramentas simples e eficazes que possam ser aplicadas ao contexto local, garantindo uma alimentação escolar saudável, nutritiva e sustentável para milhares de crianças do país.
Além da fase presencial, o projeto prevê etapas preparatórias e de acompanhamento remoto, assegurando apoio técnico contínuo até julho de 2025. Essa metodologia busca não apenas a transferência de conhecimento, mas também a criação de estratégias de monitoramento nutricional que possam ser incorporadas de forma permanente pelo PNASE.
A nutricionista do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, Sineide Neres, destacou a relevância do trabalho conjunto com São Tomé e Príncipe. “Capacitar profissionais em nutrição é fundamental para garantir que o direito à alimentação se traduza em refeições de qualidade. Junto com o trabalho essencial das merendeiras, esses profissionais ajudam a assegurar que cada criança receba uma alimentação saudável e nutritiva todos os dias”, afirmou.
Para Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência, a missão reforça a vocação do Brasil em compartilhar suas políticas públicas com outros países. “O PNAE é reconhecido pela ONU como um modelo internacional. Por meio da cooperação Sul-Sul, o Brasil contribui para que experiências como a de São Tomé e Príncipe avancem ainda mais, fortalecendo tanto a educação quanto a segurança alimentar e nutricional”, ressaltou.