O Rio de Janeiro realizou de 29 a 31 de maio o 1º Fórum Regional das Cidades Latino-Americanas Signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana. O objetivo do encontro foi debater políticas alimentares seguras, inclusivas e sustentáveis, que considerem a diversidade, o respeito à natureza e a minimização do desperdício. Mais de 70 especialistas estiveram envolvidos nos debates para incentivar a troca de experiências e o diálogo.
Nos dias 28 e 29 de maio, foi realizada a primeira reunião regional da Rede Global de Alimentação Escolar Sustentável 2019, nos dias 28 e 29 de maio, para discutir a questão da alimentação escolar como mecanismo de ação em prol da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030 e da Década de Ação em Nutrição, de forma a fornecer subsídios para as cidades signatárias do Pacto de Milão. Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome, falou durante a abertura do evento sobre a cooperação do Brasil com agências da ONU e outros países na área de alimentação escolar.
Contexto
Em abril de 2016 foi lançada a iniciativa Década de Ação em Nutrição 2016-2025, para que até 2025 sejam adotadas políticas sociais efetivas para erradicar fome e desnutrição em todo o mundo. A iniciativa prevê a intensificação dos esforços para garantir o acesso universal à alimentação saudável. A Década de Nutrição visa fornecer um quadro operacional claro para implementar os compromissos assumidos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Também promove o diálogo político nacional, regional e global para facilitar e melhorar a ação em todos os níveis.
Há consenso na região da América Latina e do Caribe de que os programas de alimentação escolar são ferramentas indispensáveis para a promoção de saúde e educação de crianças e adolescentes. No âmbito da Década de Nutrição, o Brasil propôs promover e gerenciar cinco redes de ação, inclusive a Rede de Alimentação Escolar Sustentável. A Rede visa apoiar os países na implementação dos programas de alimentação escolar e é liderada pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Há uma diversidade muito grande de modelos de políticas e programas de alimentação escolar implementados, então promover o compartilhamento de experiências é importante para identificar boas práticas para que os países possam aproveitar as lições dos demais ao lidar com problemas semelhantes”, afirmou Daniel Balaban. Ele destacou ainda que, além da cooperação com países latino-americanos e do Caribe, o Brasil compartilha conhecimentos com países da África e da Ásia e apoiou, por meio do Centro de Excelência contra a Fome, a criação da Rede Panafricana de Alimentação Escolar e Nutrição.