Nesta semana, cerca de 50 pessoas do Reino Unido, do Brasil e de vários países africanos estiveram em Maputo, Moçambique, para discutir como fortalecer e maximizar oportunidades para uma cooperação trilateral eficaz entre o Reino Unido, o Brasil e os parceiros africanos. O diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP), Daniel Balaban, foi o facilitador de uma das sessões do evento.
O evento chamado “Enhancing effective development cooperation between the UK, Brazil and African partners – WP1640 (Melhorando o desenvolvimento para a cooperação efetiva entre o Reino Unido, o Brasil e os parceiros africanos – WP1640) foi realizado pelo Wilton Park em parceria com o Departamento de Desenvolvimento Internacional (DFID) do Reino Unido, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD), com o apoio do governo moçambicano. A iniciativa faz parte da parceria já em andamento entre ABC e DFID no Brasil e dá seguimento a um trabalho significativo entre o Brasil e o Reino Unido, incluindo um estudo de mapeamento que foi discutido na reunião.
Os assuntos das plenárias e das sessões variavam de saúde e bem-estar à agricultura, de urbanização à inovação baseada em recursos naturais. Os participantes procuraram: identificar campos em que a experiência e assistência técnica do Reino Unido, Brasil e África se complementassem, fornecendo “valor agregado” aos resultados de desenvolvimento; identificar lacunas de conhecimento e capacidade nas quais a cooperação trilateral pode ter o maior impacto para enfrentar os desafios de desenvolvimento; e promover uma abordagem mais estratégica para apoiar o desenvolvimento sustentável a longo prazo, a prosperidade e o compartilhamento de conhecimentos nos contextos locais e entre todos os parceiros.
Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP, foi o facilitador da sessão cujo o tema era “Sistemas agro-alimentares sustentáveis e inclusivos”. Juntamente com Rodolfo Oliveira, supervisor de Cooperação Internacional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e Pearson Jasi-Soko, diretor assistente de Agronegócios do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar do Malawi, eles exploraram agronegócios ambientalmente sustentáveis e socialmente inclusivos e suas práticas (na agricultura, na comercialização, no consumo e na disponibilização) que podem levar a sistemas agro-alimentares diversificados e resilientes que não deixam ninguém para trás. Uma das boas práticas mencionadas foi o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil, que reduziu a desnutrição infantil por meio de um programa de alimentação escolar vinculado à compra de alimentos localmente de pequenos agricultores.