Na terça-feira, 13 de junho, o Oficial de Parcerias do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, Igor Carneiro, participou do painel de abertura da 3ª edição do Fórum Nacional da Cadeia de Abastecimento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) sobre o ESG (Environment, Social and Governance). O evento reuniu autoridades e lideranças da cadeia nacional de abastecimento para a construção de soluções para os principais desafios estratégicos, mercadológicos, institucionais e regulatórios do setor.
A mesa de abertura abordou a dimensão e a importância da cadeia nacional de abastecimento para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS2, que prevê a erradicação da fome e a promoção da agricultura sustentável. Também apresentou os resultados obtidos desde as primeiras duas edições do Fórum. Em sua fala, Igor Carneiro detalhou o contexto atual da fome no mundo, de acordo com dados do relatório State of Food Insecurity (SOFI) 2022. Em seguida, discursou sobre a ligação entre ESG e o combate à fome, ressaltando que este desafio só será vencido com a força de todos os setores juntos.
“O combate à fome é uma tarefa complexa que envolve uma série de fatores interconectados, como políticas públicas, acesso a recursos, sistemas de produção de alimentos e distribuição equitativa”, disse Igor Carneiro. “Embora o ESG possa ter um impacto positivo na redução da fome, é necessário adotar uma abordagem holística e integrada nos sistemas alimentas, envolvendo governos, organizações da sociedade civil, setor privado e comunidades locais para alcançar resultados significativos nessa área”, completou.
Na segunda parte do evento, Igor Carneiro também participou de um painel sobre a conexão entre desperdício e fome e apresentou dados globais sobre a fome, desperdício e a conexão ao ESG. “Apesar de termos 828 milhões de pessoas no mundo que não sabem quando será sua próxima refeição, já produzimos suficiente comida no mundo para alimentar a todos, e com sobra. Não é aceitável que, em 2023, ainda tenhamos mais de um terço dos alimentos que produzimos sendo descartados ou perdidos em toda a cadeia de produção e abastecimento”, completou.