O ano de 2025 será marcado pela realização da Cúpula Ministerial Global da Coalizão para Alimentação Escolar, dias 18 e 19 de setembro, em Fortaleza (CE). O Brasil é co-presidente, juntamente com Finlância e França, da Coalizão para Alimentação Escolar, iniciativa busca garantir que, até 2030, todas as crianças no mundo tenham acesso à comida nutritiva na escola.
A Coalizão para Alimentação Escolar publicou esta semana entrevista que fez com o Ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), para falar sobre o papel do Brasil nas estratégias de combate à fome e sobre a importância da cooperação internacional para que todos os países implantem seus programas de alimentação escolar.
O Brasil é protagonista neste movimento mundial, com o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza em novembro de 2024, na ocasião da reunião do G20, quando representantes das maiores economias do mundo estiveram juntas no Rio de Janeiro. Além disso, o Brasil tem histórico de compartilhar com outros países experiências do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro por meio da Cooperação Sul-Sul Trilateral.
Em sua entrevista, o Ministro ressaltou a importância dos programas de alimentação escolar, como uma das políticas da Cesta de Políticas da Aliança Global.
“Em muitas escolas do mundo, há milhões de crianças que dependem da única refeição que comem na escola. Por isso a alimentação escolar deve ter todos os nutrientes para a criança se desenvolver e ter um bom desempenho escolar”, afirmou.
Ele ressaltou o papel da alimentação escolar como ferramenta na diminuição da pobreza e promoção da igualdade de gênero. “A alimentação escolar incentiva as famílias mais vulneráveis a mandarem seus filhos para a escola, dando a eles uma chance de vencer na vida e quebrar o ciclo intergeracional da pobreza. Além disso, ajuda a manter as meninas na escola em muitos países, evitando que elas se casem cedo e tenham filhos que terão dificuldades para criar. Quando as meninas permanecem na escola, também progredimos na redução da diferença de gênero. Isso significa que, no futuro, teremos mais mulheres líderes e em cargos de tomada de decisão.”
Para o Ministro, a alimentação escolar pode contribuir também com o reforço da agricultura local, fortalecendo a economia na comunidade. “Os programas de alimentação escolar, especialmente os que têm produtos cultivados localmente, oferecem muito mais do que alimentação para as crianças. Eles também tornam as comunidades mais resistentes, apoiam as economias nacionais e promovem a estabilidade social.”
Ele explicou que a Aliança Global servirá como facilitadora, conectando a Coalizão para Alimentação Escolar com novos parceiros. “Será um ganha-ganha à medida que mais países e parceiros aderem e compartilham seus compromissos para ampliar os programas de alimentação escolar e garantir que todas as crianças possam receber alimentos saudáveis e nutritivos.”
Leia a íntegra da entrevista com o Ministro Wellington Dias (disponível apenas em inglês).