O Dia Internacional da Educação, celebrado em 24 de janeiro, foi criado pela Assembleia das Nações Unidas para destacar o papel da educação para a paz e o desenvolvimento. Em uma mensagem gravada especialmente para a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou dos impactos da pandemia para os estudantes ao redor do mundo. “Hoje, o fechamento de escolas continua a afetar a vida de mais de 31 milhões de estudantes, exacerbando uma crise global de aprendizagem”, disse. “A educação é um bem público proeminente e um facilitador essencial para toda a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, completou.
Além de ser um espaço para o desenvolvimento cognitivo e psicossocial, a escola também é o local onde muitas crianças em comunidades mais vulneráveis ao redor do mundo fazem sua única refeição completa do dia, o que representa uma importante estratégia de combate à fome e à desnutrição. Ao longo dos 10 anos de atuação, o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil tem trabalhado com países parceiros na construção e no fortalecimento de programas de alimentação escolar acessíveis, adaptados à realidade local e com oferta de alimentos produzidos na própria comunidade.
Ganhos sociais
Saúde e nutrição adequadas são essenciais para que os estudantes possam aprender melhor e ter melhor desempenho escolar de forma geral. Além disso, a alimentação escolar serve de incentivo para frequência escolar, além de retirar das famílias o peso financeiro de fornecer uma alimentação nutritiva e fresca diariamente e apoiar aquelas famílias que não têm condições de prover essa alimentação. Ao beneficiar as crianças e suas famílias, a alimentação fornecida na escola ajuda a criar o que se chama de capital humano, que combina saúde, habilidades, conhecimento, experiência e hábitos de uma população.
Quando a alimentação escolar é ligada à agricultura local, ela também beneficia a economia. Por tudo isso, é possível afirmar um investimento de US$ 1 em alimentação escolar pode gerar até US$ 9 em retorno para aquela sociedade. Em um estudo recente feito pelo Centro de Excelência em São Tomé e Príncipe é possível ver, na prática, as vantagens do investimento em programas alimentação escolar. A publicação está disponível aqui.
Pandemia
Durante a pandemia e o fechamento das escolas, vários países tiveram que adaptar seus programas de alimentação escolar para assegurar a distribuição de comida para essas populações. Entre as soluções encontradas pelos governos locais estão a revisão dos benefícios alocados por criança, a revisão da modalidade de distribuição e a transferência direta de renda.
No Brazil, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que atende mais de 40 milhões de estudantes com refeições nutritivas diárias, foi adaptado para que o alimento continuasse a chegar às famílias dos alunos que permaneceram em casa com o fechamento das escolas. Para saber mais sobre as adaptações feitas no programa, acesse esta publicação.