O trabalho inovador de cooperação Sul-Sul do Centro de Excelência contra a Fome depende em grande medida da qualidade de nossa equipe. O sucesso das atividades de intercâmbio e de assistência técnica e das missões técnicas realizadas pelo Centro está diretamente relacionado aos conhecimentos e à competência de cada um dos nossos funcionários. Para garantir a excelência da nossa equipe, contamos com nossa Associada de Recursos Humanos, Giovana Nunes.
“Conseguimos montar a melhor equipe possível, com gente muito preparada, que consegue desenvolver soluções para todos os desafios, e é isso que faz o Centro de Excelência ser o sucesso que é. Tenho muito orgulho de ter contribuído para isso e de trabalhar com uma equipe tão boa, com a qual estou sempre aprendendo algo novo, uma nova maneira de ver as coisas e solucionar problemas”, conta Giovana.
Dos seus 43 anos de vida, Giovana passou 12 anos trabalhando para as Nações Unidas. Está no Centro de Excelência desde o final de 2012. Ela foi uma das primeiras funcionárias contratadas para o escritório inaugurado um ano antes, em novembro de 2011. “Comecei a trabalhar como assistente administrativo e ponto focal de RH. A ideia era que eu dedicasse 80% do meu tempo ao trabalho administrativo e 20% ao trabalho de recursos humanos. Mas o Centro fez tanto sucesso que em um ano eu já estava me dedicando quase exclusivamente ao RH, porque a demanda por novos profissionais não parava de crescer”, conta.
Giovana perdeu o pai cedo, aos 15 anos de idade, e logo começou a trabalhar. Aos 18 anos, ingressou numa universidade pública em Brasília para cursar design. “Apesar de vir de uma família de artistas, eu ficava muito frustrada no curso de design. A parte técnica eu conseguia dominar, mas na parte criativa não me saía bem. Comecei a ficar deprimida e minha mãe me levou para uma viagem de navio”.
Aquela viagem mudou o percurso profissional de Giovana. Ela abandonou o curso de design na metade e se mudou de Brasília para São Paulo para estudar hotelaria. Seu sonho era viajar o mundo a bordo de um navio. Ao longo do curso, outras oportunidades profissionais foram aparecendo e Giovana trabalhou durante seis anos em companhias aéreas. “Pedi demissão de um emprego que adorava e voltei para Brasília porque minha família estava cobrando minha presença. Foi uma decisão difícil, mas minha família é muito grudada”.
Sorte a nossa! Na volta para Brasília, Giovana começou a trabalhar em hotéis, mas estava insatisfeita. Viu um anúncio de uma vaga para uma agência das Nações Unidas e resolveu pesquisar. “Eu só sabia que a ONU ajudava as pessoas, então fui me informar e, quando comecei a entender o que era a ONU, me interessei”.
Ela começou a trabalhar no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2005, na área de viagem. Sua experiência prévia em companhias aéreas e hotelaria foi o atrativo para que fosse selecionada para a vaga. Depois de quatro anos de muito trabalho, resolveu sair do PNUD para abrir sua própria empresa. Quando engravidou de Francisco, seu primeiro filho, decidiu vender o negócio. Apesar de rápida, a experiência de empresária a ajudou a desenvolver a habilidade de gerir pessoas. Na empresa, chegou a ter 11 funcionários.
Quando Francisco tinha 3 meses, Giovana voltou para o sistema ONU e, pouco tempo depois, começou a trabalhar no Centro de Excelência. “Quando vi que o Programa Mundial de Alimentos tinha aberto um novo escritório no Brasil, achei que seria uma excelente oportunidade de ajudar a construir uma agência desde o princípio”, conta. “O Centro cresceu muito e meu trabalho foi muito requisitado. Gosto da área de RH porque tenho facilidade de lidar com pessoas e com situações difíceis. Tenho facilidade para separar meu relacionamento pessoal com meus colegas das minhas obrigações profissionais de RH, e isso é essencial para que as regras da instituição sejam aplicadas adequadamente”.
Em 2017, Giovana teve seu segundo filho, Rafael, que chegou com muitos novos desafios. Rafael tem síndrome de Down. “Desde o nascimento do Rafa, conciliar o trabalho com os cuidados que ele requer tem sido um desafio. Ainda tenho que aprender como é o mundo dele, preciso me informar, me capacitar, e isso demanda tempo”.
Apesar do enorme desafio, Giovana sente muito orgulho de seu trabalho nas Nações Unidas. “O Programa Mundial de Alimentos é a maior agência humanitária do mundo e consegue chegar rapidamente para ajudar nas emergências mais difíceis. Acredito que o PMA faz esse trabalho como nenhuma outa instituição. Estamos vendo isso agora, em Moçambique, Malawi e Zimbábue, depois da passagem do ciclone Idai”.