Em todo o mundo, cerca de 811 milhões de pessoas não têm comida suficiente. Dietas pobres em vitaminas, minerais e outros nutrientes estão afetando as perspectivas de saúde e vida de milhões de pessoas, e colocando em risco o futuro das comunidades e países inteiros.
Embora alimentos suficientes sejam produzidos para alimentar todos no nosso planeta, o objetivo de um mundo sem fome, conforme estabelecido na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e especificamente no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2, permanece extremamente desafiador devido a uma combinação perigosa de conflitos, mudanças climáticas, desastres, pobreza estrutural e desigualdade. No último ano, as consequências socioeconômicas da pandemia da COVID-19 agravaram ainda mais a situação, empurrando milhões de pessoas vulneráveis para uma situação de insegurança alimentar mais severa.
Conheça os principais impulsionadores da fome e o que o Programa Mundial de Alimentos (WFP) tem feito.
1 – Conflito
60% das pessoas que passam fome no mundo vivem em zonas afetadas por conflitos, que é o principal impulsionador em 8 das 10 piores crises de fome (como no caso do Iêmen, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e Síria, por exemplo). Para equilibrar isso, o WFP leva assistência alimentar e nutricional para pessoas presas ou deslocadas por conflitos, onde quer que estejam.
2 – Mudanças climáticas
Choques relacionados às mudanças climáticas, como inundações ou secas, afetam a vida e os meios de subsistência de milhões de pessoas, agravando a pobreza, a fome e as tensões sociais. O WFP apoia governos e comunidades a entender esses riscos crescentes e a tomar medidas direcionadas para mitigar o impacto dos choques climáticos na segurança alimentar. O WFP também se esforça para capacitar os agricultores familiares por meio da distribuição sustentável de equipamentos e serviços de energia para usos produtivos, para impulsionar o desenvolvimento do mercado agrícola.
3 – Desastres
Quando um terremoto, um ciclone, um furacão ou outros desastres acontecem, o WFP é um dos primeiros a responder, levado comida e outros tipos de assistência para apoiar as populações que perderam tudo. Como líder do grupo interagencial de Logística da ONU, o WFP fornece coordenação e gerenciamento de informações em resposta a desastres de larga escala. O WFP lidera o serviços de conectividade e realiza análises geoespaciais direcionadas para mostrar o impacto imediato de desastres naturais e permitir uma resposta mais rápida.
4 – Desigualdade
A desigualdade impulsiona a fome, limita as oportunidades das pessoas e aumenta os níveis de insegurança alimentar. O acesso a emprego, renda e mercados, por exemplo, pode tirar as pessoas da pobreza muito rapidamente, aumentando sua produtividade e poder de compra e estimulando os mercados locais. O WFP promove iniciativas de geração de ativos e transferências de dinheiro, além de apoiar os governos no fortalecimento das redes de proteção social locais para proteger seus cidadãos da pobreza, desigualdade e insegurança alimentar.
5 – Perda de alimentos
Armazenamento precário em áreas produtivas leva a infestações de pragas e fungos. A falta de acesso à tecnologia e aos mercados significa que muitos agricultores são forçados a ver sua produção apodrecer no campo, pois o trabalho e o investimento necessários para a colheita são muitas vezes inacessíveis. O WFP executa vários projetos que visam apoiar os agricultores familiares a aprender a usar métodos melhorados de manuseio pós-colheita, combinados com equipamentos simples, mas eficazes, para proteger as culturas contra insetos, roedores, fungos e umidade.
6 – COVID-19
A pandemia de COVID-19 levou milhões de pessoas para uma situação de insegurança alimentar, causando transtornos na produção, comércio e nos meios de subsistência, levando milhões ao desemprego. O WFP criou um serviço global de transporte de passageiros e cargas, permitindo que a equipe de ajuda humanitária e os suprimentos alimentares e de saúde alcancem pessoas vulneráveis. Para atender às crescentes necessidades criadas pelos efeitos socioeconômicos da pandemia de COVID-19, o WFP intensificou sua assistência alimentar e transferências em dinheiro, e apoiou os governos no fortalecimento de suas próprias redes de proteção social.