FORTALEZA, Brasil – Ao concluir a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP) celebra os compromissos assumidos por mais de 40 governos nos últimos dois anos para expandir seus programas nacionais de alimentação escolar, aproximando o mundo da meta de garantir que todas as crianças recebam uma refeição nutritiva na escola até 2030.
Como anfitrião do Secretariado da Coalizão para a Alimentação Escolar e principal agência da ONU que apoia governos na construção de programas nacionais sustentáveis, o WFP trabalha em parceria com países para fortalecer sistemas alimentares, melhorar a nutrição infantil e investir nas futuras gerações.
Realizada sob o alto patrocínio de Sua Excelência Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil, e copresidida pela França e Finlândia, a Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar destacou o rápido crescimento da iniciativa. Lançada em resposta à pandemia de COVID-19, que causou grandes interrupções na educação e no acesso das crianças às refeições escolares, a Coalizão se tornou uma das plataformas multilaterais de crescimento mais acelerado, reunindo atualmente 111 governos e cerca de 150 parceiros, incluindo 19 novos países, 4 organismos regionais e 46 parceiros que aderiram nos últimos dois anos.
“Sabemos que criança bem alimentada é sinônimo de saúde”, disse o Vice-Presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, em seu discurso de abertura da Cúpula. “Precisamos apoiar boas políticas públicas para que as crianças possam se desenvolver. Não há escolha melhor do que optar pelas crianças, pela educação e pela saúde por meio da alimentação escolar.”
De acordo com a mais recente edição do relatório emblemático do WFP, Estado da Alimentação Escolar no Mundo, pelo menos 466 milhões de crianças já recebem refeições escolares por meio de programas conduzidos por governos — um aumento de 80 milhões, ou 20%, em quatro anos. Dois em cada três estudantes que passaram a receber alimentação escolar entre 2022 e 2024 estão em países-membros da Coalizão, evidenciando seu papel em acelerar o progresso.
Os novos compromissos de mais de 40 países nos últimos dois anos vão ampliar ainda mais o acesso, especialmente em países de baixa e média renda, onde as necessidades são maiores. Isso reflete o crescente reconhecimento de que a alimentação escolar é um investimento de alto impacto na saúde, na educação e no desenvolvimento nacional.
Como parte da cúpula deste ano, cerca de 50 governos apresentaram Revisões Nacionais Voluntárias, destacando avanços, desafios e necessidades de apoio. Esses relatórios reforçam a responsabilidade e os resultados dos Estados-membros.
“A alimentação escolar é muito mais do que apenas um prato de comida”, disse Cindy McCain, Diretora Executiva do WFP. “Ela abre portas para a educação de crianças vulneráveis e ajuda a transformar sistemas nacionais de educação, saúde e alimentação. O papel do WFP como Secretariado da Coalizão é apoiar governos a transformar vontade política em programas sustentáveis, e incentivamos todas as nações a trabalhar conosco. Juntos, criaremos um futuro de aprendizado, esperança e oportunidades para cada criança, em qualquer lugar do mundo.”
A Cúpula conectou compromissos políticos a ferramentas práticas e parcerias para acelerar a implementação dos programas. Outros destaques incluem:
Políticas baseadas em evidências: O Consórcio de Pesquisa da Coalizão apresentou novos dados mostrando que a alimentação escolar oferece alguns dos maiores retornos em capital humano.
Financiamento sustentável: A Iniciativa de Financiamento Sustentável da Coalizão avança da elaboração de estratégias para o apoio direto aos governos na implementação.
Dados e prestação de contas: O relatório Estado da Alimentação Escolar no Mundo e a atualização do Banco de Dados Global da Coalizão tornam acessíveis informações nacionais para governos, pesquisadores e parceiros.
O Grupo de Coordenação de Organizações da Sociedade Civil para a Alimentação Escolar endossou formalmente um novo conjunto de Compromissos Conjuntos com prioridades estratégicas para os próximos dois a três anos.
“A Coalizão foi criada por governos, para governos, durante a maior crise de fome e educação da história”, afirmou Carmen Burbano, Diretora de Alimentação Escolar e Proteção Social do WFP e Diretora do Secretariado da Coalizão. “Em apenas quatro anos, tornou-se um dos movimentos multilaterais mais fortes do nosso tempo — prova de que, quando os países se unem, podem reescrever a história de toda uma geração.”
Agora, governos e parceiros avançam para transformar compromissos em ação: ampliando programas conduzidos nacionalmente, garantindo financiamento sustentável e integrando a alimentação escolar às políticas de educação, saúde e sistemas alimentares. Olhando para o futuro, a Coalizão pretende alcançar mais 150 milhões de crianças até 2030, em alinhamento com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Por meio de seu papel como Secretariado, o WFP apoiará governos com dados, expertise técnica e evidências para lançar, ampliar e sustentar programas ao longo do tempo, reduzindo a dependência de ajuda e assegurando que cada criança receba uma refeição saudável e nutritiva.
O WFP expressa profunda gratidão ao Governo do Brasil por sediar esta Cúpula decisiva e por seu histórico compromisso em promover a alimentação escolar. O WFP também reconhece a liderança firme dos copresidentes da Coalizão, França e Finlândia, cuja visão e coordenação foram fundamentais para impulsionar o movimento global e garantir um progresso inclusivo e liderado por governos.
Nota aos editores:
Governos que anunciaram compromissos nacionais desde 2023: Bangladesh, Benin, Brasil, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Chile, Cuba, Dinamarca, Djibuti, República Dominicana, Finlândia, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Indonésia, Iraque, Irlanda, Jordânia, República Democrática Popular do Laos, Letônia, Libéria, Luxemburgo, Mali, Mauritânia, Mongólia, Paquistão, Peru, República do Congo, República da Coreia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Eslovênia, Somália, Suriname, Suécia, Tanzânia, Uganda, Ucrânia e Iêmen.
Novos Estados-membros e organismos regionais que aderiram à Coalizão desde 2023: Belize, Djibuti, Geórgia, Gana, Guiné-Bissau, Indonésia, Irlanda, Jordânia, Quirguistão, República Democrática Popular do Laos, Paraguai, República da Coreia, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Eslovênia, Trinidad e Tobago, Uganda, Uruguai, Iêmen, além de organismos regionais como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECO) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Declaração final da 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar
O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas é a maior organização humanitária do mundo, salvando vidas em emergências e utilizando a assistência alimentar para construir caminhos de paz, estabilidade e prosperidade para pessoas que se recuperam de conflitos, desastres e dos impactos das mudanças climáticas.
Siga-nos no Twitter: @wfp_media
SOBRE A COALIZÃO PARA A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
A Coalizão para a Alimentação Escolar é uma rede de mais de 100 governos e mais de 140 parceiros comprometidos com a alimentação escolar. A iniciativa impulsiona ações para melhorar e expandir com urgência os programas de alimentação escolar, garantindo que toda criança possa receber uma refeição saudável e nutritiva na escola até 2030.
Para mais informações, visite: http://schoolmealscoalition.org
Siga-nos no X (antigo Twitter): @SchoolMeals_