O Ministério da Saúde do Brasil, lançou, no dia 10 de agosto, uma campanha nacional sobre obesidade infantil. A campanha inclui várias ações para conter o avanço da obesidade infantil no país, incluindo duas novas portarias. A primeira institui a Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade infantil (Proteja), que busca articular as iniciativas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios sobre o tema. A iniciativa tem apoio do Centro de Excelência contra a Fome do WFP e está alinhada com as informações apresentadas no Policy Brief elaborado no âmbito do projeto Nutrir o Futuro, uma parceria do Centro de Excelência, do Ministério da Saúde e da Agência Brasileira de Cooperação.
O documento “Obesidade Infantil – estratégias para prevenção e cuidado (em nível local)” apresenta informações para contribuir na elaboração de estratégias por gestores públicos municipais e estaduais para a prevenção e o cuidado da obesidade infantil. O documento, disponível neste link, é composto por seis perguntas e respostas objetivas para facilitar a compreensão sobre um tema tão sensível que pode mudar a realidade do seu município. Assim, o Proteja é uma convocatória nacional a todos os gestores, profissionais de saúde, sociedade civil e parceiros para reconhecer a obesidade infantil como um problema prioritário de saúde pública e compartilhar a responsabilidade na implementação de medidas efetivas na prevenção e atenção à obesidade infantil no país.
Cenário Epidemiológico Brasileiro
No evento de lançamento da campanha, a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição no Ministério da Saúde, Gisele Bortolini, apontou que a má alimentação, a inatividade física e o excesso de tempo em comportamentos sedentários estão entre os principais fatores de risco para o sobrepeso e a obesidade em crianças e adolescentes. Segundo dados oficiais, cerca de 86% das crianças e adolescentes brasileiras consomem alimentos ultraprocessados diariamente e cerca de 81% são consideradas inativas fisicamente.
Gisele Bortolini pontuou, ainda, que dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) apontaram em 2020, que dentre as crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS, 15,9% dos menores de 5 anos e 31,8% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso, e dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade, segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para idade. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2020, 31,9% e 12,0% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente.
Saiba mais sobre as ações de combate à obesidade no Brasil:
Campanha de prevenção da obesidade infantil
Proteja – Estratégia Nacional para Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil – orientações técnicas