Integrantes das quatro instituições iniciaram nesta segunda, dia 15, visitas à escolas e aos agricultores familiares nas províncias de Tete e Manica, em Moçambique, com o intuito de levantar informações para a estruturação da matriz de marco lógico do futuro projeto-país.
A equipe em campo, formada por nutricionistas, engenheiros agrônomos e técnicos, está trabalhando no mapeamento das áreas geográficas prioritárias para a elaboração do projeto-país. Dentro deste mapeamento, feito com a colaboração de técnicos e agricultores locais, está o estudo dos hábitos alimentares e de novos alimentos que possam ser produzidos e comercializados pelos agricultores familiares, com o intuito de enriquecer a dieta local. As informações levantadas servirão de insumo para a implantação conjunta de novos métodos de plantio e de rotação de cultivos e agregação de valor aos subprodutos do algodão e dos cultivos alimentares. A visita servirá como norte para a escolha das comunidades a serem os pilotos de implementação da iniciativa, além de subsídio para replicação em outros territórios no país.
O projeto Além do Algodão visa apresentar novos canais de comercialização institucionais e privados aos agricultores familiares, incentivando a diversificação de cultivos e garantindo, além do consumo de subsistência, a venda dos excedentes nos próprios territórios. O fortalecimento de capacidades técnicas é a principal estratégia utilizada nesta cooperação trilateral, visando impactos de longo prazo e com foco na sustentabilidade.
O projeto Além do Algodão é uma iniciativa conjunta entre a Agência Brasileira de Cooperação, o Instituto Brasileiro do Algodão e o Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos. A iniciativa pretende apoiar produtores familiares de algodão e instituições públicas de países africanos para conectar os subprodutos do algodão e as culturas alimentares associadas à produção de algodão a mercados estáveis, inclusive programas de alimentação escolar.