O Projeto Nutrir o Futuro concluiu sua primeira etapa nesta semana durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (6º ENPSSAN), na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (RJ). Durante o evento, foi lançada a publicação “Enfrentamento da Múltipla Carga de Má Nutrição”, além de uma breve apresentação dos resultados, desafios e perspectivas das ações de alimentação e nutrição em cada país.
Entre os resultados apresentados, foram discutidos o desenvolvimento e a implementação de guias alimentares, a rotulagem frontal de produtos alimentícios e as estratégias de combate à obesidade infantil no aprimoramento das políticas de alimentação e nutrição nos países envolvidos.
O projeto é fruto de uma parceria entre o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, a Agência Brasileira e Cooperação (ABC), e os Ministérios da Saúde do Brasil, Colômbia e Peru e promoveu a troca de experiências e a identificação de ações conjuntas no combate à má nutrição nos três países durante 3 anos e meio.
Eliene Sousa, uma das coordenadoras do projeto no Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, disse que a apresentação dos resultados do projeto realizado pelo Brasil em conjunto com a Colômbia e o Peru foi tão exitosa que vários países, como Uruguai, Argentina, México e Chile, demonstraram interesse em participar de uma nova fase.
“É uma prova que a importância do enfrentamento da má nutrição em suas diferentes formas é uma prioridade”, disse. Uma nova etapa do projeto é estudada para uma atuação mais direta relativa à vigilância alimentar e nutricional e enfrentamento das carências nutricionais.
Iniciativas como o Nutrir o Futuro são fundamentais, pois apoiam a criação e o aprimoramento de políticas públicas na área de nutrição, com foco especial em crianças em idade escolar. Para o Centro de Excelência, a colaboração internacional em projetos desse tipo é sempre benéfica: por um lado, facilita a troca de experiências e a implementação de soluções compartilhadas; por outro, permite a revisão e o aperfeiçoamento contínuo dos programas de nutrição.
Riffat Iqbal, responsável por este projeto na Agência Brasileira de Cooperação (ABC), falou sobre a importância do projeto no contexto da cooperação Sul-Sul. “Foi uma oportunidade de intercâmbio entre países com diferentes experiências sobre o tema”, disse. Ela ressaltou a importância dos resultados, que incluem a produção de dois documentos com recomendações sobre obesidade, um sobre desnutrição, três vídeos produzidos e divulgados, além da participação em eventos nacionais e internacionais para divulgação de programas de alimentação e nutrição.