A equipe do projeto Além do Algodão em Moçambique e parceiros locais já iniciaram o trabalho de campo no país, com uma série de visitas às províncias de Tete e Manica. A coordenadora local do projeto, Marisete Araújo, liderou as visitas, que também tiveram participação de representantes do Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique (IAOM) e da equipe do escritório e subescritório do WFP no país. A atividade teve como objetivo dar início às ações propostas no projeto com um trabalho de mapeamento e planejamento. A equipe visitou os distritos de Magoe, Cahora Bassa e Moatize (província de Tete), e Guro e Barue (província de Manica).
Foram identificados inicialmente cinco campos de produtores, que poderão ser o que se chama de Campos de Demonstração de Resultados (CDR) do projeto, ou locais onde o projeto será de fato executado. Durante a visita, a equipe conversou com os agricultores, que expressaram interesse em usar parte das suas terras para as atividades do projeto Além do Algodão. “Fizemos uma reunião com um grupo de produtores e suas famílias de no máximo 25 pessoas, incluindo as lideranças locais, para a definição dos alimentos que poderão ser consorciados com o algodão”, explicou Marisete Araújo.
As visitas aconteceram entre 30 de novembro de 6 de dezembro e foram as primeiras atividades de campo desde que o projeto-país foi assinado em novembro de 2020. Durante esse período, a equipe do projeto também organizou encontros com os serviços distritais de atividade econômica (SDAE) para definição dos pontos focais para a monitoria e apoio aos agricultores participantes do projeto.
A primeira visita de campo teve como resultados a discussão em conjunto com os produtores de algodão sobre as culturas alimentares aque poderão ser produzidas em consórcio com o algodão; encontro com as autoridades e lideranças locais para atualização da situação do projeto e outros esclarecimentos; identificação das associações e grupo de produtores para formação de cooperativas; e identificação dos pontos focais nos serviços distritais de atividade econômica para atuar no projeto.
O projeto Além do Algodão em Moçambique
O projeto tem o objetivo de apoiar pequenos produtores de algodão e instituições públicas do país a vincular subprodutos de algodão (óleo de semente, torta etc.) e culturas consorciadas (milho, sorgo, feijão, etc.) a mercados seguros, incluindo programas de alimentação escolar locais. O objetivo é incrementar a produção, a renda local e a segurança alimentar e nutricional dos agricultores familiares.
Em Moçambique, cerca de 1.500 famílias de agricultores e aproximadamente 31 mil alunos do Programa Nacional de Alimentação Escolar de Moçambique (PRONAE) deverão ser beneficiados.
No país, o projeto é executado pelo Centro de Excelência contra a Fome do WFP e escritório do WFP em Moçambique e tem como parceiros a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Governo de Moçambique (por meio do Instituto de Algodão e Oleaginosas) e Universidade Federal de Lavras (UFLA). Saiba mais na página do projeto.