Este mês, o governo federal anunciou um aumento de até 39% no valor repassado para estados e municípios custearem a alimentação escolar na rede pública de ensino. O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil celebra o reajuste dos valores da alimentação escolar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ressaltando que a alimentação escolar é uma das formas mais eficazes de combater a fome e a desnutrição.
O reajuste é o primeiro desde 2017 e irá beneficiar 40 milhões de estudantes das escolas públicas em estados e municípios em todo Brasil. A estimativa é de um investimento de R$ 5,5 bilhões no Programa este ano, um aumento de cerca de R$ 1,5 bilhão em relação ao orçamento anterior.
Segundo o Diretor do Centro de Excelência, Daniel Balaban, “é preciso sair do discurso para a prática. Quando o governo reajusta os valores do per capita ele demonstra real disposição de continuar investindo na melhoria de uma grande política pública, como é o caso do PNAE”. A alimentação escolar, além de garantir que as crianças tenham acesso a alimentos saudáveis, também pode aumentar a frequência escolar e melhorar o desempenho acadêmico. Pesquisas mostram que cada dólar investido na alimentação escolar rende US$ 9 em retornos econômicos para o país.
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) estima que 153 milhões de crianças menores de 18 anos estão em grave insegurança alimentar, quase metade dos 345 milhões de pessoas que passam fome extrema por causa da crise alimentar global. O WFP trabalha atualmente em 71 países com governos e programas nacionais de alimentação escolar para aumentar sua eficácia e alcance.
A alimentação escolar é o maior e melhor programa de assistência social para crianças. Ela ajuda a enfrentar tanto a fome imediata quanto as necessidades nutricionais das crianças, além de lançar as bases para o desenvolvimento do capital humano, com benefícios para as crianças, comunidades e países.