Na terça-feira, 24 de outubro, o Brasil promoveu, durante a 51ª reunião do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CFS, na sigla em inglês), o painel “Lições do Brasil – Recuperação de retrocessos na luta contra a fome e a desnutrição e os desafios no caminho a seguir”. O evento apresentou a experiência brasileira com a alimentação escolar como uma ferramenta essencial para vencer a fome e a má nutrição no país.
O evento contou com a participação de representantes do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, dos Ministérios de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Saúde do Brasil, da FAO e do Instituto Fome Zero. Durante as apresentações, foram compartilhadas lições das estratégias brasileiras de combate à fome e novas pesquisas sobre a múltipla carga da desnutrição.
Nis últimos 20 anos, uma série de políticas e estruturas de governança foram implementadas no Brasil, incluindo o programa Fome Zero, programas de apoio à agricultura familiar e programas educacionais de promoção da saúde, como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além disso, foram criados mecanismos de promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes e públicos e o fortalecimento da atenção primária à saúde.
“Não é mais possível aceitarmos uma situação como essa [da fome]. É muito importante que a gente volte a trabalhar com a cooperação internacional para enfrentar esse desafio”, disse Daniel Balaban, Diretor do Centro de Excelência do WFP. Um exemplo de projeto de cooperação Sul-Sul importante que trabalha essa temática é o Nutrir o Futuro, do Centro de Excelência.
O projeto, fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Centro de Excelência e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, promove a troca de experiências entre Brasil, Colômbia e Peru sobre estratégias de enfrentamento da múltipla carga da má nutrição.
O intercâmbio de conhecimentos, com foco especial no enfrentamento da obesidade infantil e excesso de peso, tem como objetivo apoiar o fortalecimento das instituições públicas nacionais e dos setores de nutrição e saúde, considerados pilares essenciais para a administração das políticas de alimentação e nutrição em nações parceiras. Saiba mais sobre o projeto.