Esta semana, entre os dias 22 e 25 de julho, o Programa Mundial de Alimentos (WFP), representado por uma delegação chefiada pela Diretora Executiva, Cindy McCain, participou das reuniões dentro do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento do G20, sob a Presidência Brasileira, no Rio de Janeiro. Em meio ao evento, o WFP, junto com outras quatro agências das Nações Unidas (FAO, FIDA, OMS e UNICEF) lançou o Relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo” (SOFI, na sigla em inglês).
Durante o evento, o combate à desigualdade, à fome e à pobreza extrema estiveram no centro das discussões com a aprovação da Força-tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O WFP parabenizou a presidência brasileira no G20 por esse esforço. “Essa iniciativa crucial destaca a pobreza global, a fome e a desnutrição, além das conexões intrínsecas entre eles. É um claro sinal da liderança do Brasil em mobilizar esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Em um mundo que produz comida suficiente para alimentar todas as pessoas no planeta, a fome deveria ser coisa do passado”, afirmou Cindy McCain na reunião de lançamento da iniciativa.
Em seu discurso no evento de lançamento da Força Tarefa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel dos organismos internacionais nessa luta. “A Aliança representa uma estratégia de conquista da cidadania. A melhor maneira de executá-la é promovendo a articulação de todos os atores relevantes. O papel das Nações Unidas e, particularmente, da FAO, do FIDA e do Programa Mundial de Alimentos será decisivo”, afirmou o presidente.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza vai coordenar ações e parcerias internacionais para implementar programas eficazes de combate à fome e à pobreza no mundo. A iniciativa une as duas trilhas tradicionais de Sherpas e Finanças em uma mesma direção.
O Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil também marcou presença nos eventos. Para o Diretor do Centro, Daniel Balaban, sem a colaboração de governos e países diminuição das desigualdades não é possível enfrentar a fome. “Tivemos aqui vários ministros, vários organismos internacionais discutindo ações conjuntas para que o mundo seja um lugar mais justo, mais equânime. Tenho a certeza de que com a união dos países, não somente do G20, com a união de todos os organismos internacionais das Nações Unidas, nós ainda vamos conseguir salvar o planeta”, disse.
Eventos bilaterais
Além de participar das principais reuniões do G20 nesta semana, a diretora Executiva do WFP, Cindy McCain, também esteve presente em reuniões e eventos bilaterais, como o painel “Políticas Públicas de Combate à Fome e à Pobreza: Empoderando Mulheres e Meninas para o Desenvolvimento Sustentável”, provido pela Primeira-Dama brasileira, Janja Lula da Silva.
A primeira-dama mencionou que mulheres e meninas são as mais impactadas pela pobreza e destacou o sucesso do programa Bolsa Família, observando que as principais beneficiárias são mulheres chefes de família, que demonstram um grande compromisso com o sustento dos filhos. Ela também ressaltou que o Brasil garante o direito universal à alimentação escolar, uma política pública considerada essencial pelo WFP no combate à fome. O Centro de Excelência do WFP se dedica há mais de 13 anos a promover a troca de conhecimentos entre o Brasil e outros países do Sul global sobre alimentação escolar, com base na experiência brasileira.
Durante o painel, Cindy McCain ressaltou que o Brasil faz um trabalho formidável de alimentar mais de 40 milhões de crianças todos os dias, contribuindo para diminuir a fome, especialmente entre meninas em idade escolar, além de destacar o trabalho do Centro de Excelência do WFP no Brasil. “Nosso objetivo no Centro de Excelência do WFP no Brasil é garantir que possamos não apenas combater a fome, mas também encontrar diferentes maneiras de alimentar, distribuir e lidar com as questões políticas relacionadas a isso”, disse McCain
Na quinta-feira, 25 de julho, a Diretora participou de um bate-papo na conferência “Moldando a economia global: Da segurança alimentar à transformação digital”, que teve como objetivo desenvolver um plano para o G20 abordar os desafios enfrentados por seus estados-membros, desde a governança econômica global e a transformação digital até a segurança alimentar e a fome.